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Igreja Evangélica Congregacional de Volta Redonda

UMA IGREJA EDIFICADA SOBRE A PALAVRA

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Nossas Raízes e História
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A origem do movimento Congregacional

O congregacionalismo tem sua origem no movimento Puritano, surgido na Inglaterra do século 16 como efeito da Reforma Protestante, que proporcionou o acesso da população à Bíblia, agora traduzida para seu idioma, levando-os a questionar os erros doutrinários da Igreja Romana que a Igreja Anglicana ainda mantinha.

Os Puritanos receberam esse título devido ao seu comprometimento com a pureza e a santidade na vida cristã, embora tenham sido denominados também de Separatistas, em razão da sua posição contrária à Igreja da Inglaterra (Anglicana).

No período do reinado de Eduardo VI os Puritanos chegaram até a ter influência na Igreja Anglicana, mas, a partir de 1555, quando depois de algumas tramas familiares, Maria I subiu ao trono, ela instituiu a religião católica como oficial e tornou o protestantismo ilegal, implementando uma forte perseguição contra os puritanos, especialmente. Esta perseguição continuou até o reinado de Elizabeth I, que governou a Inglaterra entre 1558 e 1603, e conseguiu esfriar os ânimos entre católicos e protestantes por meio do “Estabelecimento Religioso Elisabetano”, estabelecendo um período de relava paz entre os dois seguimentos, o que não aconteceu nos períodos anteriores (Eduardo VI proibia o catolicismo e Maria I, o protestantismo).

Entre os Puritanos havia um grupo que se posicionava a favor da autonomia e independência das igrejas locais e por isso eram chamados 3 de “Independentes”. Este grupo com perfis dentro dos ideais congregacionais realizou sua primeira reunião no dia 19 de junho de 1567, no salão Plumbers, em Londres, confrontando os rumos tomados pela Igreja Anglicana.

Como consequência dessa reunião os irmãos foram duramente reprimidos pelas autoridades locais; o que resultou num momento de perseguição contra os Independentes, que migraram em grande número para a Holanda, levando os ideais congregacionais para aquela nação que vivia sob a influência da teologia reformada de João Calvino.

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Já em 1658 os Independentes ingleses, inspirados pela Confissão de Fé de Westminster, produziram a Declaração de Savoy sobre Fé e Ordem. A declaração de fé dos Congregacionais recebeu este nome porque foi um concílio que reuniu cerca de 200 delegados de 120 congregações no Palácio de Savoy, em Londres. Porém, a Igreja Congregacional Inglesa só foi reconhecida como tal em 1616 na localidade de Southwark, em Londres, quando se deu a primeira profissão de fé, arrependimento e votos. Assim surgiu o primeiro grupo congregacional oficial no mundo.

 

No ano de 1620, cento e vinte colonos puritanos desembarcaram do Navio Mayflower na baía de Massachuses, nos Estados Unidos da América e trinta e cinco deles eram membros exilados da Igreja holandesa de Leyden e eram pastoreados por John Robinson. Eles foram os fundadores da primeira igreja de caráter congregacional nas Américas.

Mais de cinquenta faculdades e universidades foram fundadas por congregacionais, além de inúmeras escolas. Esta preocupação dos Congregacionais com o ensino refletia os ideais de propagação do conhecimento promovidos pela Reforma Protestante e pelo Iluminismo.

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A origem do movimento Congregacional no Brasil

No dia 10 de maio de 1855 o casal Robert Reid Kalley e Sarah Pouton Kalley, ele pastor e médico escocês e ela musicista e pedagoga inglesa. Eles foram morar em Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro, na casa do embaixador americano no Brasil. Na tarde de domingo do dia 19 de agosto de 1855, Kalley e Sarah estabeleceram em sua casa a primeira Escola Bíblica Dominical em solo brasileiro.

A missionária Sarah Kalley ministrou uma aula para cinco crianças, filhos das famílias Webbs e Carpenter, uma lição cujo tulo era: Jonas, o profeta fujão. Este evento é considerado o início do trabalho congregacional no Brasil, bem como da própria EBD em solo brasileiro, o que seria adotado pela maioria das denominações protestantes.

A Igreja Congregacional no Brasil tem em seu DNA o amor pelo estudo

da Palavra de Deus e a valorização da Escola Bíblica Dominical!

O primeiro crente batizado pelo Dr. Kalley foi o português José Pereira de Souza Louro, no dia 08 de novembro de 1857, antes mesmo de haver uma igreja estabelecida, pois foi apenas em 11 de julho de 1858 que o casal Kalley organizou a primeira igreja evangélica de regime congregacional no Brasil, a Igreja Evangélica Fluminense. Esta igreja foi organizada com catorze membros e neste dia foi batizado o primeiro membro brasileiro da igreja, Pedro Nolasco de Andrade.

O casal Kalley permaneceu no Brasil por vinte e um anos. Eles são reconhecidos pelo pioneirismo da implantação definitiva do evangelismo brasileiro em língua portuguesa, sem nenhuma dependência estrangeira.

Em julho de 1876 eles foram para a Inglaterra, mas não sem antes dar posse ao pastorado da Igreja Evangélica Fluminense ao Reverendo João Manoel Gonçalves do Santos, primeiro ministro evangélico congregacional brasileiro, no dia 1 de janeiro de 1876.

Kalley deixou como último legado à igreja brasileira a "Breve Exposição das Doutrinas Fundamentais do Cristianismo", um resumo doutrinário composto por 28 argos de fé cristã.

Além de todo trabalho espiritual realizado pelo casal Kalley e a Igreja Evangélica Fluminense, eles também obtiveram muitas conquistas civis dos Congregacionais no Brasil para toda população brasileira no que diz respeito à acessibilidade de direitos civis sem adequação aos preceitos exigidos pela Igreja Católica. Isto se deu graças à localização privilegiada da igreja protestante na sede do governo imperial e pela amizade conquistada pelo casal Kalley junto ao imperador D. Pedro II.

  1. O casamento no Brasil só era reconhecido se fosse sacramentado pela Igreja Católica, que era a religião oficial do Império pela Constituição de 1834. A pedido do Dr. Kalley houve a instituição do casamento religioso para efeitos civis perante o Estado Brasileiro, sendo reconhecido pelo decreto nº 9896, de 07 de março de 1888, argos 69 a 73.

  2. Outra conquista importante por obra da influência do casal Kalley ao Imperador, foi a promulgação da lei nº 1829, de 09 de setembro de 1870 e respectivo regulamento nº 5604 de 25 de abril de 1874 que estabeleceram o registro civil de nascimentos, casamentos e óbitos, por pessoas de qualquer religião em qualquer local do país.

  3. Também houve pela lei nº 3029 de 29 de janeiro de 1881, regulamentada em janeiro do mesmo ano, sob o nº 7981, a possibilidade de todos os brasileiros gozarem dos direitos potilícos e civis, independente da religião professada.

  4. Por fim, pela lei nº 1879 e a sua regulamentação em 1874, ficou estabelecido o direito de um brasileiro não católico ser sepultado em um cemitério público.

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A Igreja Congregacional no Brasil tem uma história de envolvimento com o direito e a justiça para todos!

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Entre as conquistas obtidas pela Igreja Evangélica Fluminense e seus antecessores, algumas tiveram grande valor para a igreja brasileira:

  1. A obtenção de licença para se vender Bíblias em solo brasileiro, promulgada em 22 de abril de 1868.

  2. O direito de uma igreja evangélica se registrar foi uma conquista da Igreja Evangélica Fluminense junto ao imperador D. Pedro II no dia 22 de novembro de 1880.

 

Na área musical, deve-se ao casal Kalley a publicação do primeiro hinário brasileiro, chamado “Salmos e Hinos”, publicado em 1861. Este hinário tinha inicialmente dezoito salmos e trinta e dois hinos, chegando hoje a um total de seiscentos e dezoito hinos, sendo setenta e dois deles de autoria de Sarah Kalley e treze de Robert Kalley, sendo os demais hinos de Martinho Lutero, John Wesley, Fanny Crosby, entre outros.

O campo Congregacional em Volta Redonda

A Igreja Evangélica Congregacional de Volta Redonda iniciou seus trabalhos em 1956 na cidade de Volta Redonda – RJ, por sugestão do irmão Eloé de Souza Cruz, membro da Igreja Metodista do Brasil na mesma cidade. O referido irmão, por não se identificar com alguns procedimentos da igreja citada e sabedor de haver na cidade algumas famílias de origem congregacional oriundas das Igrejas Congregacionais de Paracambi e Passa Três, sugeriu ao Presbítero Moisés Leite, um amigo destas igrejas que também congregava na Igreja Metodista do Brasil, a abrir um trabalho congregacional em sua cidade. Tomada a iniciativa, foi marcada uma reunião para o Acampamento Central, Rua 550, nº 105, o lar do irmão José Cesar de Medeiros, um dos membros da Igreja Congregacional de Passa Três.

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Os resultados desta reunião levaram, no dia 18 de março de 1956, a uma visita de alguns destes irmãos à Igreja
Evangélica Congregacional em Paracambi para pedir seu apoio em prol de fundar um trabalho em sua cidade. O pastor de Paracambi marcou imediatamente uma visita para o vigésimo nono dia daquele mês.

No dia 29 de março de 1956, na Rua 550, nº 105, no Acampamento Central, em Volta Redonda, casa do irmão Medeiros, foi realizada a primeira reunião oficial dos evangélicos congregacionais em Volta Redonda.Esta reunião, que contou com a presença de muitos irmãos e amigos, teve como preletor o jovem pastor Elmir de Oliveira Lemos. Em
meio a uma alegre e festiva reunião ficou acordado que o Presbítero Moisés Leite seria o responsável direto pelo trabalho que ali se inaugurava.

No dia 15 de julho, às quinze horas, com a presença de uma caravana da Igreja Congregacional de Paracambi e de muitos irmãos e amigos, foi aberta a sessão de inauguração e organização daquela igreja, presidida pelo pastor Elmir de Oliveira Lemos. Segundo Moura (1987, pág. 79) aquela reunião seguiu a seguinte programação:

  1. Palavra explicativa pelo Pastor;

  2. Corinho cantado pelas crianças saudando os pastores e demais presentes;

  3. Hino pelo grupo local;

  4. Recebimento dos primeiros membros: 1. Eloé de Souza Cruz; 2. Maria das Dores Silveira Cruz; 3. Moisés Leite; 4.Josefina Pereira Leite; 5. Maria de Lurdes Pereira; 6. Isaura César Medeiros; 7. José César de Medeiros; 8. Elízio Venâncio da Silva; 9. João Belizário; 10. Ione Cézar Medeiros; 11. Joel Nepomuceno; 13. Célio Alves Macedo; 14. Nivalda Brum Macedo; 15. Jonatas Figueira Telles; 16. Dulce Telles; 17. José Antônio de Paiva [...];

  5. Hino pelo coro da Igreja Congregacional de Paracambi;

  6. Eleição e posse das diretorias [...].

 

A Igreja Congregacional de Volta Redonda cresceu rapidamente, tanto em membresia quanto em estrutura e organização. Logo se abriram congregações nos bairros de Volta Redonda, sendo pioneiras aquelas abertas no Aterrado, Santo Agostinho e Retiro. Em algum momento da década de 1960, esta mesma igreja passou por um processo de questionamento sobre seus valores e modelo doutrinário, por influência do movimento pentecostalista e de sua variação carismática.

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O pentecostalismo e sua influência no Brasil
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O pentecostalismo é um movimento dentro do cristianismo protestante que dá ênfase na contemporaneidade dos dons espirituais descritos na Bíblia, especialmente em 1 Coríntios 12. O termo “dons” é uma tradução do grego “charisma” e seus defensores são chamados de “carismáticos”, não obstante o fato de que o termo também designaria outro ramo, mais moderno, do pentecostalismo, como veremos mais adiante. Já o termo “pentecostal” é uma relação que os pioneiros do movimento fizeram com a festa judaica de Pentecostes, quando os cristãos foram cheios do Espírito Santo, conforme Atos 2.

Apesar da história registrar vários grupos de cristãos que tinham pretensões avivalistas, principalmente após a influência dos ensinamentos de um importante nome do cristianismo, John Wesley, a origem do movimento pentecostal é geralmente associada ao  avivamento que ocorreu a partir do ano de 1906, em Los Angeles – EUA, conhecido como “Avivamento da Rua Azuza”. Na rua que daria nome ao “avivamento”, na casa de número 312, o pastor Willian Joseph Seymour começaria uma série de sermões sobre a busca pelos dons espirituais. Seymour, que havia recebido o dom de línguas (glossolalia) juntamente com a sua futura esposa Jennie Moore e alguns membros em uma Igreja Metodista americana voltada para os descendentes africanos, fundou uma nova igreja na Rua Azuza, a qual recebeu o nome de “Missão de Fé Apostólica”.

Nela se pregava a contemporaneidade dos dons espirituais e eram empreendidas curas de enfermidades, orações e pregações em línguas não habituais aos americanos, como o alemão, por exemplo; além das línguas estranhas. A grande repercussão que os acontecimentos da Rua Azuza tomou acabou por disseminar rapidamente os ideais de professados pelos EUA e pelo mundo.

Entre  as  mudanças doutrinárias empreendidas por este movimento, é pertinente aqui o papel ideológico restauracionista, que buscava na Bíblia o respaldo para qualquer tipo de mudança de cunho comportamental e social.

Como exemplo podemos citar que, entre algumas denominações, houve uma liberação do papel das mulheres nas igrejas, mas restrição em outras, dependendo da interpretação bíblica adotada. Este aspecto restauracionista também fez com que os pentecostalistas se posicionassem contra outras mudanças que a sociedade sofreu ao longo do Século XX, como padrão ditado pela moda (trajes comuns a homens e mulheres) e o uso de aparelhos tecnológicos de comunicação e entretenimento (rádio e televisão).

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No Brasil, o pentecostalismo foi introduzido e difundido a partir de 1910 pela Congregação Cristã, fundada pelo italiano Luigi Frescon, a primeira igreja pentecostal do Brasil; e pela Assembleia de Deus, fundada pelos suecos Daniel Berg e Gunnar Vigren, que chegariam ao Brasil em 1911. Estas duas denominações dominaram o campo pentecostal nos primeiros que ficou conhecido como “primeira onda do pentecostalismo no Brasil”.

O movimento carismático e sua influência na Igreja Evangélica Congregacional de Volta Redonda

No começo da década de 60, algumas igrejas históricas em solo americano, europeu e de outras localidades começaram a assimilar as ideias professadas pelos pentecostais sem, contudo, defender alguns dos seus preceitos por não concordar com alguns “exageros” reconhecidos pelas mesmas. Elas passaram a ser identificadas no meio acadêmico como “movimento carismático”.

Esta nova nomenclatura não se deu apenas para que seus adeptos não fossem rotulados como seus predecessores pentecostais, mas principalmente para demonstrar que, mesmo após a aceitação dos dons espirituais (carismas) por algumas igrejas históricas, elas continuaram a adotar a sua denominação original.

Quando acontecia o contrário, ou seja, quando um indivíduo ou um grupo de cristãos saíam de uma denominação histórica para fundar outra denominação que aceitava a manifestação dos dons espirituais, eram chamados de “neocarismáticos” ou “neopentecostais”.

No Brasil, as igrejas influenciadas pelo “avivamento” que optaram por permanecer em sua denominação de origem, tais como os episcopais, luteranos, presbiterianos, batistas, ou mesmo alguns católicos, acabaram por dividir-se formando dois ramos distintos:

  • Protestantismo tradicional, histórico ou clássico – Aqueles que se identificam como ideologias anteriores ao movimento pentecostalista, não o aceitando. 

  • Protestantismo carismático – Apesar de uma nomenclatura mundial, no Brasil foi adotada quase que exclusivamente pelos católicos, chamado “Renovação Carismática Católica”.

 

As denominações protestantes mantiveram seus nomes originais, assim como as outras representantes do movimento carismático no mundo. Todavia, algumas acresceram termos como “renovada” ou “avivada” ao nome denominacional para diferenciá-los das matrizes históricas. Diferenciarse-iam também por não considerar as línguas estranhas como primeiro sinal do Batismo no Espírito Santo, ainda que concordem e promovam a glossolalia.

 

A teologia carismática e seu consequente dilema da aceitação da renovação espiritual alcançaria também a Igreja Evangélica Congregacional, que na década de 60 já havia se ramificado por todo Brasil. Como sua principal característica era a autonomia das igrejas locais, muitas igrejas que formavam a então União das Igrejas Evangélicas Indenominacionais, fundada em 1913, e mais tarde denominada União das Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil (UIECB), não aceitou que algumas de suas representantes adotassem as doutrinas de contemporaneidade dos dons espirituais, as excluindo por seu posicionamento.

Não seria diferente com a Igreja Evangélica Congregacional de Volta Redonda! Ao se deparar com esse movimento avivalista de proporções mundiais, a liderança vigente acabou por assimilar os ensinamentos e os empreender. A Igreja de Paracambi, participante da UIECB, não tomou a mesma postura, se identificando como uma igreja tradicional. A diferença de posições adotadas por ambas acabou por fazê las romper entre si.

A IECCVR acabaria por adotar o perfil autônomo peculiar ao congregacionalismo histórico, não se filiando a nenhuma instância superior. Toda esta explicação sobre o pentecostalismo empreendida até aqui é importante para ressaltar que, apesar da IECCVR ter assimilado e adotado os dons carismáticos em um movimento histórico peculiar a outras igrejas de alcunha reformada, mantendo inclusive sua denominação original, o que a credenciaria como uma representante do Movimento Carismático; todavia ela decidiu por empreender uma postura doutrinária mais voltada ao pentecostalismo pioneiro, e a seu maior expoente em solo brasileiro: a Igreja Assembleia de Deus.

Alguns exemplos desta aproximação da Igreja Congregacional de Volta Redonda com o pentecostalismo:

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  • Adoção da Harpa Cristã como hinário comum à igreja, ao invés do Hinário Salmos e Hinos.

  • Adoção da forma de governo eclesiástico característico do pentecostalismo, que englobava características congregacionais, presbiterianas e episcopais, reconhecido por vezes como “presbiteriano” e subjetivamente como “episcopado não territorial”. Ele consiste na adoção de um campo ministerial formado por uma igreja-sede e suas respectivas filiais, congregações e subcongregações (pontos de pregação). Este campo é liderado por um Pastor-Presidente, que possui grande influência nas decisões, o qual preside um ministério (local ou campo) formado por líderes da Igreja, que se reúnem para decidir por todo o corpo eclesial.

  • Línguas estranhas como evidência física inicial do batismo no Espírito Santo, geralmente rotulado como segunda bênção conferida aos crentes. A primeira bênção seria a salvação.

  • Adoção da doutrina teológica e escatológica dispensacionalista.

  • Empreendimento evangelístico comum aos  pentecostais pioneiros, tais como cultos ao ar livre e entrega de folhetos.

  • Cultos mais ortodoxos, com liturgia bem definida e sem o uso de palmas, mas com grande incentivo aos dons espirituais e expressões audíveis, como “glórias” e “aleluias”.

  • O incentivo a não adoção da cultura contemporânea.

  • Adoção de mais cargos ministeriais além do histórico (pastor, presbítero e diácono). Aos homens foi adotado o cargo de evangelista e às mulheres o de missionária.

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A IECVR nos dias de hoje

A Igreja Evangélica Congregacional de Volta Redonda, que iniciou seus trabalhos com uma pequena igreja e mais tarde com três congregações, hoje conta com vinte e nove igrejas e setenta e seis congregações.

Sua membresia soma seis mil quinhentos e vinte e oito membros, sendo:

  • Setenta e dois pastores,

  • Cinquenta e um evangelistas,

  • Duzentos e noventa e seis presbíteros,

  • Quatrocentos e trinta e dois diáconos e

  • Setenta e uma missionárias.

O Campo Congregacional tem como seu presidente o pastor José Flavio de Moura, pastor da Igreja Central, e como vice-presidente o pastor Luciano Ferreira de Souza, pastor da Igreja em Barra do Piraí.

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Pastor José Flávio de Moura

Nasceu no dia 20 de novembro de 1934, sendo filho do senhor João Batista de Moura e da senhora Geny Corrêa de Moura. Converteu-se em 1962 na Igreja Evangélica Congregacional de Volta Redonda, sendo consagrado ao diaconato em 28 de junho de 1963, evangelista em 2 de outubro de 1965 e ao pastorado em 9 de abril de 1966.

 

Sua gestão como pastor presidente do Campo Congregacional de Volta Redonda é marcada pela longevidade, representada pelos mais de cinquenta anos de ministério; pelo trabalho missionário, que levou à expansão da igreja e a proclamação do Evangelho a várias localidades do Brasil, pelo padrão pentecostal adotado pela igreja, pela construção do Centro de Convenções Congregacional, um grande espaço localizado no bairro Voldac, Volta Redonda, que conta com um grande salão para celebração de cultos, congressos e eventos em geral, estacionamento, alojamentos, cozinha e outras dependências úteis para a sua finalidade.

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O pastor Moura, juntamente com a igreja a qual pastoreia é reconhecido também pelas autoridades políticas de Volta Redonda como alguém importante e atuante na cidade, tendo recebido vários reconhecimentos públicos, como a Medalha Tiradentes, pelo projeto de resolução 891/2013 e a Medalha Martinho Lutero, em sessão solene realizada no dia 25 de junho de 2014.

Referência:

 

Texto: Pr. Ioséias Carvalho Teixeira

Extraído e adaptado do livro "Igreja Evangélica Congregacional de Barra do Piraí, um exemplo do caminho histórico do congregacionalismo", de Jefferson Unsonst e Joel dos Santos, Clube dos Autores Editora.

Atualizado em Outubro/2019

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